sábado, 20 de setembro de 2008

Um Tesouro Inestimável – A Escola Bíblica Dominical


Buscar um tesouro é sempre o desafio que vemos nas inúmeras estóriasou nos filmes de aventura. O tesouro é o prêmio conquistado poraqueles que mais se esforçaram, se dedicaram e o alcançaram. Porém, hoje, queremos ressaltar um tesouro valiosíssimo e que, aomesmo tempo, exige que cuidemos bem dele: A Escola Biblica Dominical.

Este tesouro foi-nos deixado por aqueles que amam a Palavra de Deus edesejam que ela seja a luz para o caminho de tantas pessoas, que aindaestão caminhando nas trevas. No entanto, a maioria dos cristãos, hoje, não tem zelado, nem dado adevida importância à Escola Dominical, desprezando assim uma dasferramentas poderosas que a Igreja tem para o crescimento noconhecimento da Palavra de Deus.

1. A Escola Bíblica Dominical é um grande e inestimável tesouro, poisseus ensinamentos alcançam todas as idades. Desde a mais tenra criança ao mais idoso entre os irmãos, a Escola Biblica Dominical tem um ensinamento capaz de ajudar ao crente a sermais fiel, mais comprometido e desenvolver sua fé. Todos têm aoportunidade de conhecer mais ao Senhor e de se aprofundar na riquezada Sua Palavra.

2. A Escola Biblica Dominical é um grande e inestimável tesouro, poisprepara o crente para o tempo presente. Em dias tão conturbados como os dias atuais, onde o "errado" é avaliado pela maioria como "certo", onde a justiça é torcida favorecendo a proliferação do mal, onde o pecado não é tomado,necessariamente, como infração contra Deus, é pertinente que aprendamos o que a Palavra de Deus nos ensina. A Escola Dominical é o espaço onde podemos debater sobre todos estes assuntos à luz das escrituras e assim, aprender e colocar em prática uma forma ética ecoerente de vida. Ela prepara o crente para enfrentar, com fé, aslutas presentes e a ser uma referência em seu viver diário.

3. A Escola Biblica Dominical é um grande e inestimável tesouro, poistambém prepara o crente para a vida eterna. Em nossos dias proliferam os espaços onde algum tipo de ensinamento é dado. Mas, a Escola Dominical prepara o crente para além da morte.Isto mesmo! Nenhuma escola se preocupa em ensinar sobre a vida eterna, sobre a doutrina das últimas coisas, ressurreição dos mortos julgamento final etc.

A Escola Dominical em suas classes, enfatizatodas as verdades bíblicas, e é este o fator que faz diferença no preparo para a vida eterna. O crente se alimenta dominicalmente destas verdades e aprofunda as raízes de sua fé.

A Igreja Presbiteriana de Vila Mariana, desde as suas origens deu lugar de honra à Escola Biblica Dominical por crer que ela é um canal que traz crescimento espiritual e comunhão. Não deixemos de participar destes agradáveis momentos! Devemos mostrar aos nossos filhos que ela é um tesouro de grande valor e também podemos divulgar quão importantes são seus ensinamentos para a nossa vida espiritual.

Rev. Cornélio Caldeira Castro

Bem-aventurado (2)


"Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores." Salmo 1:1

O mais devocional de todos os livros da Bíblia começa com esta expressão de bem-aventurança, enchendo de alegria os ouvidos e o espírito dos que lêem. É uma palavra de bálsamo, alento e conforto. Em que consiste esta bem-aventurança com a qual é aberto este livro bíblico? Alguns elementos integram a globalidade desta bênção ou graça. Vejamos:

1) Não andar conforme o ensino dos ímpios. Desde o início dos tempos há sempre aqueles que querem nos "dar conselhos". É claro que muitos são úteis, bons e aceitáveis. No entanto, nem toda orientação ou conselho é adequado. Os que não se coadunam ou se firmam na palavra do
Senhor, devem ser rejeitados, pois são ímpios, ou seja, não pios ou não piedosos. Não são o reflexo do querer de Deus.


2) Não se deter no caminho dos pecadores. É claro que o salmista não nos fala de andar por uma estrada ou caminho literais. O ímpio anda por determinado caminho, ou seja, o ímpio manifesta um padrão de comportamento constituído de certas manifestações de caráter e postura não éticos. Este é o sentido de não se deter neste caminho. Não partilhar dele, não comungar com ele, não imitá-lo, não reproduzi-lo, não vivenciá-lo. A bem-aventurança está em sair e se afastar deste caminho.


3) Não se assentar na roda dos escarnecedores. Interessante que ainda hoje usamos a expressão "rodinha". Claro que nem sempre é em sentido nocivo, e significa, comumente, um ajuntamento com propósito de conversar. Não é repressão ao riso, gargalhada ou manifestação de hilaridade. Aqui se trata de manifestação de escárnio, zombaria e motejo em relação ao que seja puro, lícito, nobre, decente, tornando-se inadequado ao que conhece e ama ao Senhor.

Embora a formulação esteja em forma negativa (não), a essência é positiva em sua manifestação, já que tais atitudes de abstinência nos fazem obedecer a diretriz e vontade de Deus quanto à nossa santificação, que consiste primeiro em deixar o erro e depois fazer o certo, deixar o pecado e praticar a virtude. Deixemos de ouvir o ímpio, saiamos de seu caminho e afastemo-nos de suas "rodas", a fim de sermos chamados de bem-aventurados.

Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Audebert Delage

sábado, 6 de setembro de 2008

Bem-aventurado (1)


Daremos início, com esta mensagem, a uma série de pastorais cujo tema é a expressão que encima desta página. Serão feitas abordagens de várias passagens em que tais palavras aparecem, desenvolvendo as idéias ligadas ao conceito da felicidade ou bem-aventurança para aqueles que estão integrados ao Reino de Deus.

Assenta-se, desde já, que nem todas as passagens em que tal expressão consta serão tratadas, mesmo porquê, às vezes, as traduções poderão não coincidir e nossa versão em português não aprentar “bem-aventurado”. A substituição por “bendito” fará com que determinado texto não seja alvo de nossa abordagem ou meditação.

É natural imaginarmos que apenas as bem-aventuranças constantes dos evangelhos serão aquelas a serem tratadas nesta série. De fato o serão. Mas, há muitas outras ocorrências de tais palavras nas Escrituras e muitas delas no Velho Testamento.

Isto é digno de nota por se pensar que o Livro da felicidade é o Novo Testamento e que o Antigo é apenas um amontoado de manifestações de ira, declarações de juízo, proclamação de castigos e maldições. Esta idéia falsa deve ser rejeitada, pois, como será visto, o Velho Testamento é, também, lugar da manifestação de bênçãos preciosas e de declaração de muitas bem-aventuranças.

O sentido destes termos é o de bendito, abençoado, feliz, ditoso, faustoso, venturoso e outros. É comum no inglês a tradução ser: “abençoado”. Penso ser este o melhor sentido e é com o qual estas mensagens serão vinvuladas. Não será usado “feliz”, pelo fato de que felicidade é um “estado de espírito”, e muitos entendem que possa ser gerado pelo indivíduo, ou seja, ele é responsável por sua geração. Isto é, ele é competente por se fazer ser feliz.

O conceito de bem-aventurado (ligado a ventura) está vinculado à ação de outro que propicia tal situação, ou seja, a bem-aventurança é manifesta na vida do indivíduo por ação de outro e não dele próprio. Sua participação em sujeitar-se a certas determinações e assumir certos padrões não fazem “brotar” a bem-aventurança, mas são fatores pelos quais poderá haver a “outorga” ou dádiva da bem-aventurança. Assim, esta não é obra de esforço humano, mas fruto da ação dadivosa de Deus.

Rev. Paulo Audebert Delage