sábado, 29 de dezembro de 2007

"Sede agradecidos"

"Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos." Colossences 3:15

Queridos irmãos, vou me permitir usar este último boletim de 2007 para nele imprimir um caráter bem pessoal e particular quanto ao ser agradecido.

Agradeço ao Senhor Deus a bênção de me haver trazido para a Igreja Presbiteriana da Vila Mariana, depois de um longo percurso em 2006 eivado de incertezas, instabilidades e possibilidades não concretizadas. Foi e é maravilhoso, por demais, para mim e minha família estarmos juntos com os irmãos neste ano de 2007 e no que agora se aproxima.

Agradeço aos presbíteros, individualmente e no contexto de conselho, o apoio, o companheirismo, a cooperação, a ajuda e o suporte neste ano que se vai findando, superando crises e adversidades, alcançando juntos um porto de paz, calma e segurança. Igualmente agradeço aos diáconos e à Junta Diaconal sua presteza em atender as demandas a eles apresentadas. A companhia e o companheirismo demonstrados a mim e à minha família são preciosíssimos .

Registro minha gratidão aos grupos de casais, GEA, Geração de Ouro, UMP, UPA, UCP, corais , Recanto, enfim, a todas as sociedades internas da IPVM por todos os convites feitos para participarmos de suas atividades e, também, as manifestações de solidariedade e satisfação por nossa presença nestas mesmas atividades. Aos funcionários, sempre prestativos e solícitos; Mara, Marta, "Toninho", Fabrício, D. Ivone, Sr. Dirceu e D. Teresa, faço registrar meus sinceros agradecimentos. Aos colegas que integram a equipe pastoral que se viu solidária, coesa e unida neste ano de 2007, orando, trabalhando e caminhando comigo, dando-me o suporte indispensável para a realização da Obra do Senhor em nosso meio, agradeço muito.

Enfim, a todos os irmãos e irmãs da querida e amada IPVM que sempre demonstraram sua alegria, amizade, fraternidade e carinho para comigo e com todos os de minha casa, registro e expresso minha mais profunda gratidão e de toda minha família.

Amamos todos vocês. Deus os abençoe. Desejo ( desejamos ) a todos vocês um feliz 2008.

Seu irmão em Cristo, amigo e pastor. Rev. Paulo (e família).

domingo, 23 de dezembro de 2007

Benoni ou Benjamim ?


"Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim." Gênesis 35:18


Dois nomes para uma mesma criança. Dois nomes em relação a uma mesma situação ou ocorrência. Dois nomes que nos mostram duas maneiras de ver o fato.
Sabe-se que, embora o fato seja um só , há maneiras variadas de se perceber e descrever tal ocorrido.

Minha formação profissional, cultural, moral, minha relação com o fato e outras circunstâncias determinam forma diferente de me relacionar com ele, se comparado ao modo de outras pessoas.

Assim , vemos que o ocorrido no nascimento desta criança deixa claro que nos envolvemos de modo diferente e vemos de maneira diversa a mesma ocorrência. Benoni , cujo significado é "filho de minha dor", reflete o modo pelo qual a genitora ou parturiente viu o fato. Seu ponto de vista é correto. Desta maneira ela o vivenciou e experimentou. Sua dor e agonia foram ali manifestas, inclusive vindo a óbito por ocasião do parto. Dava à luz um filho , mas sua vida (dela ) era ceifada neste processo.

Benjamin, cujo sentido é "filho de minha destra" ou "filho de minha força", traduz a visão do genitor , daquele que via mais um filho vir à luz. Já um pouco idoso ( seria seu último filho ) ainda imagina que seja forte e vigoroso e expressa esta sua convicção no nome dado ao filho que nasce.

Como vemos a vida ( principalmente neste final de ano ) que temos recebido do Senhor?

Somos tendentes a vê-la na dimensão de Benoni ou de Benjamin?

Não se trata de otimismo barato ou de pessimismo sistemático, mas de um modo cristão de buscar ver a graça de Deus e em "tudo dar graças".

Manter a visão de Benoni por toda uma vida , seria uma espécie de punição sobre o menino que carregaria este fardo pesado. Mesmo que o fato seja inclinado a Benoni, busquemos tratá-lo ( ou convertê-lo) em Benjamin, a fim de fazermos nossa vida ser reflexo de nossa visão da manifestação da graça e bondade do Senhor.

Benoni ou Benjanin em 2008?

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

sábado, 15 de dezembro de 2007

É PRECISO PENSAR. ( Isaías, 22:13 )

"Porém é só gozo e alegria que se vêem; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne, bebe-se vinho e se diz: Comamos e bebamos, que amanhã morreremos. "

O texto do profeta Isaías nos fala de uma situação em que as pessoas estavam envolvidas em festas e comemorações, absortas nestes momentos prazerosos e engolfadas por estas atividades prazenteiras, divorciadas da situação reinante ao seu redor, explorando e vivendo apenas o momento do agora. Comer , beber , pois amanhã é morrer.

Esta época do ano é de muita celebração e nos vemos voltados para esta ênfase. Ligamos o nascimento de Jesus a esta época do ano e a este modo de celebrar: fartura, abastança e , às vezes, desperdício.

Por que há tanta ênfase em festas e fartura em tal época? Podemos pensar que seja pelo fato de ser um novo tempo em que haveremos de experimentar esta abundância majestosa e deixarmos de lado qualquer forma de escassez ou privação. Um novo tempo,um novo momento, uma nova era.

Há uma linha bem razoável de formulação histórica que nos vincula à possível explicação para estes "banquetes gastronômicos" que temos nestes "dias natalinos". Vejamos esta informação fornecida pelo site da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil:
" Os Celtas tratavam o solstício de inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverno ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até à próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festa, terminando no dia 06 de janeiro".

Sou , como mineiro, adepto da mesa farta . Não tenho vocação para o ascetismo e a frugalidade excessiva. No entanto, de modo triste, vemos que a população de tradição cristã vai transformando esta data de celebração majestosa da chegada do Messias, da Encarnação do Verbo de Deus, em banquetes de enaltecimento da gula e da intemperança no mais vívido estilo: " comamos e bebamos , porque amanhã morreremos".

Alegremo-nos e celebremos o Natal com exultação e regozijo, desfrutemos a bênção da fartura que o Senhor nos tem dado , mas não deixemos que isto nos faça descuidar do principal fator ligado ao Natal; o nascimento do Deus-Homem, trazendo-nos a paz, pelo perdão de nossos pecados, e a bênção da vida eterna.

Neste sentido ; feliz Natal.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

QUERO SER UM TELEVISOR - Autor Desconhecido


A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redação e nessa redação colocassem o que eles gostariam que Deus fizesse por eles. À noite, corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa muito emocionada. O marido, nesse momento, acaba de entrar, a vê chorando e diz: "O que aconteceu?" Ela respondeu: "Leia".

Era a redação de um menino.


"Senhor, esta noite te peço algo especial: me transforme em um televisor.

Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções nem questionamentos.

Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de ignorar-me. E ainda que meus irmãos "briguem" para estar comigo.

Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos.

Senhor, não te peço muito... Só quero viver o que vive qualquer televisor!"

Naquele momento, o marido de Ana Maria disse: "Meu Deus, coitado desse menino!

Nossa, que coisa esses pais". E ela olha e diz: "Essa redação é do nosso filho".

Autor desconhecido.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage

domingo, 2 de dezembro de 2007

Muito Diferente? (Oséias 4:1-4) - Rev. Paulo Audebert Delage

"Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem. Todavia, ninguém contenda, ninguém repreenda; porque o teu povo é como os sacerdotes aos quais acusa."

Recomendo aos irmãos a leitura do texto bíblico colocado acima nesta meditação dominical. É muito importante fazer isto para se ter a idéia adequada em relação ao contexto social vivido em Israel.

Se estas palavras não tivessem sido gravadas cerca de 2300 anos e em um lugar geograficamente distante de nós, diríamos que poderiam estar presentes em qualquer artigo ou matéria de revista de circulação nacional ou jornais de nosso país.

Confesso que fiquei pasmo ao reler este texto e ouvir sobre a situação de tão profunda corrupção, violência e, também, descaso com a natureza. O quadro descrito é de estarrecer nossos corações e nos faz indagar como é possível uma situação desta?

Passado o primeiro impacto, fui levado a refletir sobre o fato de que já naqueles dias a situação era muito próxima da que agora vivemos em nossa terra. Somos ,muitas vezes , levados a imaginar que outrora era diferente. Será? Não me parece que era muito diferente.

O mito do progresso, a ilusão da evolução e a falácia do desenvolvimento são confrontados aqui.
Não melhoramos , não progredimos, não desenvolvemos. Apenas tivemos um grande avanço tecnológico e científico. A maldade , vileza, violência , descaso, corrupção, licenciosidade e posturas desta ordem ainda continuam presentes na conduta, no comportamento e na postura do ser humano em geral.

Na verdade, hoje não é muito diferente daqueles dias, ou aqueles dias nãosão muito diferentes dos de hoje. A descrição feita pelo profeta é lamentável e reflete o coração do homem ao deixar de lado a referênciada comunhão com o Deus revelado nas Escrituras e obediência a Ele. A vileza era do povo e dos sacerdotes ( líderes religiosos e políticos ) e ambos não se qualificavam para exortarem-se mutuamente, pois o povo refletia o exemplo da liderança e os líderes, por sua vez, ditava neste comportamento ao povo.

A solução para este estado de coisas ainda permanece o mesmo , é a mesma daqueles dias; o conhecimento de Deus. Não o conhecer de ouvir, ou de saber sobre, mas de assumir Sua vontade e realizar Seu querer, de tal modo que a natureza de Deus seja manifesta por meio de nós.

Hoje não é muito diferente daquela época, e o desafio a nós, como Igreja, é ter compromisso com Deus para ser diferente , a fim determos coragem para fazer diferença.

Deus nos abençoe.