domingo, 23 de dezembro de 2007

Benoni ou Benjamim ?


"Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim." Gênesis 35:18


Dois nomes para uma mesma criança. Dois nomes em relação a uma mesma situação ou ocorrência. Dois nomes que nos mostram duas maneiras de ver o fato.
Sabe-se que, embora o fato seja um só , há maneiras variadas de se perceber e descrever tal ocorrido.

Minha formação profissional, cultural, moral, minha relação com o fato e outras circunstâncias determinam forma diferente de me relacionar com ele, se comparado ao modo de outras pessoas.

Assim , vemos que o ocorrido no nascimento desta criança deixa claro que nos envolvemos de modo diferente e vemos de maneira diversa a mesma ocorrência. Benoni , cujo significado é "filho de minha dor", reflete o modo pelo qual a genitora ou parturiente viu o fato. Seu ponto de vista é correto. Desta maneira ela o vivenciou e experimentou. Sua dor e agonia foram ali manifestas, inclusive vindo a óbito por ocasião do parto. Dava à luz um filho , mas sua vida (dela ) era ceifada neste processo.

Benjamin, cujo sentido é "filho de minha destra" ou "filho de minha força", traduz a visão do genitor , daquele que via mais um filho vir à luz. Já um pouco idoso ( seria seu último filho ) ainda imagina que seja forte e vigoroso e expressa esta sua convicção no nome dado ao filho que nasce.

Como vemos a vida ( principalmente neste final de ano ) que temos recebido do Senhor?

Somos tendentes a vê-la na dimensão de Benoni ou de Benjamin?

Não se trata de otimismo barato ou de pessimismo sistemático, mas de um modo cristão de buscar ver a graça de Deus e em "tudo dar graças".

Manter a visão de Benoni por toda uma vida , seria uma espécie de punição sobre o menino que carregaria este fardo pesado. Mesmo que o fato seja inclinado a Benoni, busquemos tratá-lo ( ou convertê-lo) em Benjamin, a fim de fazermos nossa vida ser reflexo de nossa visão da manifestação da graça e bondade do Senhor.

Benoni ou Benjanin em 2008?

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage