"Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o SENHOR." Levítico 19:16
Ao ler o texto apontado acima, não pude deixar de recordar meus tempos infantis, quando apanhava mexericas na árvore para saboreá-las. Havia um problema, o sumo que delas saía era de um cheiro fortíssimo e peculiar (até bom) e você não podia “esconder” que havia chupado a fruta.
Às vezes, “pegávamos” a fruta no quintal do vizinho, e não dava para esconder quando chegava em casa. Então recebíamos um bom corretivo, normalmente da mãe. Não era apenas mexerica, era mexeriqueira.
O texto original usa uma palavra que pode ser traduzida por “camelô”, ou seja, mercador que leva bugigangas (coisas de pouco valor) pelas ruas, no intuito de passá-las a outros. A qualidade é duvidosa, a origem não muito recomendável e não há responsabilidade oficial (sem impostos) ou formalidade.
A palavra é bem incisiva ao nos determinar não andarmos “entre o povo” como estes tais. Vejam que o “mexerico” tem relação muito próxima com a figura do “camelô”. A qualidade da “informação” veiculada é duvidosa, já que não vem sustentada em fatos (na maioria das vezes), mas apenas naquele famoso: “você ouviu? Ihhhh!”. A origem não se apresenta como recomendável, até por não se saber ao certo onde foi que começou tal mexerico e qual sua fonte de referência. Por fim, vemos que inexiste a responsabilidade, ou seja, ninguém escreve e assina mexerico. Aliás, quando se pede para que assine (e assuma) aquilo que se disse, a resposta é evasiva, alegando-se que isto lhe seria prejudicial e estragaria sua amizade com fulano e beltrano, além do que ficaria mal para sua “imagem” entre os irmãos. A informalidade é, aqui, sinônimo de irresponsabilidade.
Este tipo de conduta é extremamente lesivo à vida dos que se tornam alvo do mexerico. Talvez alguém pergunte sobre o caso de ser verdade o que se diz no “comentário” feito. Não importa, o mal é claro. Você precisa ir à pessoa e indagar, questionar e confrontar (se preciso). Não fale da pessoa ou sobre a pessoa, fale com a pessoa.
Termino esta pastoral citando o livro de Provérbios em sua significativa diretriz de ética para a vida de todos nós: “Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo mexeriqueiro, cessa a contenda” (Pv. 26:20).
Andemos com integridade também no falar, devido ao fato de se temer ao Senhor.
Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Delage
Ao ler o texto apontado acima, não pude deixar de recordar meus tempos infantis, quando apanhava mexericas na árvore para saboreá-las. Havia um problema, o sumo que delas saía era de um cheiro fortíssimo e peculiar (até bom) e você não podia “esconder” que havia chupado a fruta.
Às vezes, “pegávamos” a fruta no quintal do vizinho, e não dava para esconder quando chegava em casa. Então recebíamos um bom corretivo, normalmente da mãe. Não era apenas mexerica, era mexeriqueira.
O texto original usa uma palavra que pode ser traduzida por “camelô”, ou seja, mercador que leva bugigangas (coisas de pouco valor) pelas ruas, no intuito de passá-las a outros. A qualidade é duvidosa, a origem não muito recomendável e não há responsabilidade oficial (sem impostos) ou formalidade.
A palavra é bem incisiva ao nos determinar não andarmos “entre o povo” como estes tais. Vejam que o “mexerico” tem relação muito próxima com a figura do “camelô”. A qualidade da “informação” veiculada é duvidosa, já que não vem sustentada em fatos (na maioria das vezes), mas apenas naquele famoso: “você ouviu? Ihhhh!”. A origem não se apresenta como recomendável, até por não se saber ao certo onde foi que começou tal mexerico e qual sua fonte de referência. Por fim, vemos que inexiste a responsabilidade, ou seja, ninguém escreve e assina mexerico. Aliás, quando se pede para que assine (e assuma) aquilo que se disse, a resposta é evasiva, alegando-se que isto lhe seria prejudicial e estragaria sua amizade com fulano e beltrano, além do que ficaria mal para sua “imagem” entre os irmãos. A informalidade é, aqui, sinônimo de irresponsabilidade.
Este tipo de conduta é extremamente lesivo à vida dos que se tornam alvo do mexerico. Talvez alguém pergunte sobre o caso de ser verdade o que se diz no “comentário” feito. Não importa, o mal é claro. Você precisa ir à pessoa e indagar, questionar e confrontar (se preciso). Não fale da pessoa ou sobre a pessoa, fale com a pessoa.
Termino esta pastoral citando o livro de Provérbios em sua significativa diretriz de ética para a vida de todos nós: “Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo mexeriqueiro, cessa a contenda” (Pv. 26:20).
Andemos com integridade também no falar, devido ao fato de se temer ao Senhor.
Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Delage