"Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo." Levítico 19:15
O foco de nosso texto de hoje é a justiça-injustiça. A formulação segue a estrutura do negativo: "Não farás injustiça..." Nada impede que façamos a formulação de modo positivo: Farás justiça. Este clamor e desejo profundos por justiça não são apenas manifestações de nosso tempo, mergulhado em um caudal de injustiças em suas multiformes manifestações.
O texto nos fala sobre igualdade, ou melhor, equanimidade, alertando para que não haja benefício a favor de alguém e, consequentemente, lesão ou prejuízo a outro. Percebamos que não se fala apenas em comprazer ao grande, mas, também, em favorecer o pobre. Este é um conceito interessante, pois normalmente nós julgamos que devemos privilegiar ou favorecer o menos abastado ou mais pobre, ou ao mais poderoso.
Ambos (grande ou pequeno) devem ser tratados em iguais condições e com a mesma distinção. A hipossuficiência (qualidade de alguém que está em situação inferiorizada em relação a outrem) é vista, em nosso direito, como elemento determinativo de certo privilégio ou de maior amparo pelo Estado-Juiz ao que dela é "portador". É claro que isto se faz necessário devido ao descumprimento do preceito contido neste versículo: não comprazer ao grande. Porque a tendência é privilegiar o grande, o pequeno deve ter este amparo do Estado.
Importante se faz notar que, embora o texto nos fale sobre juízo, a possibilidade de se cometer injustiça não se vincula apenas à esfera jurídico-legal. Nossa manifestação de juízo é constante e permanente no ambiente de nossas relações sociais e, frequentemente, nos vemos sob o imperativo de exercitarmos nossos julgamentos.
A absoluta objetividade e imparcialidade são ideais e seu alcance plenamente não é possível. No entanto, devemos (e podemos) nos empenhar para que sejamos o mais imparcial possível em nossas manifestações de juízo.
Procure ouvir com cuidado e atenção ambos os lados, analise todas as informações disponíveis, busque escutar pessoas que tenham conhecimento do fato e que evitam emitir juízo de valor sobre o mesmo, não se deixe "contaminar" pela avalanche de informação massificante. Estas, entre outras, são algumas medidas que nos ajudam a não fazermos injustiça e agirmos corretamente sem favorecer o pobre, ou comprazer ao rico, devido ao fato de se temer ao Senhor.
Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Delage
O foco de nosso texto de hoje é a justiça-injustiça. A formulação segue a estrutura do negativo: "Não farás injustiça..." Nada impede que façamos a formulação de modo positivo: Farás justiça. Este clamor e desejo profundos por justiça não são apenas manifestações de nosso tempo, mergulhado em um caudal de injustiças em suas multiformes manifestações.
O texto nos fala sobre igualdade, ou melhor, equanimidade, alertando para que não haja benefício a favor de alguém e, consequentemente, lesão ou prejuízo a outro. Percebamos que não se fala apenas em comprazer ao grande, mas, também, em favorecer o pobre. Este é um conceito interessante, pois normalmente nós julgamos que devemos privilegiar ou favorecer o menos abastado ou mais pobre, ou ao mais poderoso.
Ambos (grande ou pequeno) devem ser tratados em iguais condições e com a mesma distinção. A hipossuficiência (qualidade de alguém que está em situação inferiorizada em relação a outrem) é vista, em nosso direito, como elemento determinativo de certo privilégio ou de maior amparo pelo Estado-Juiz ao que dela é "portador". É claro que isto se faz necessário devido ao descumprimento do preceito contido neste versículo: não comprazer ao grande. Porque a tendência é privilegiar o grande, o pequeno deve ter este amparo do Estado.
Importante se faz notar que, embora o texto nos fale sobre juízo, a possibilidade de se cometer injustiça não se vincula apenas à esfera jurídico-legal. Nossa manifestação de juízo é constante e permanente no ambiente de nossas relações sociais e, frequentemente, nos vemos sob o imperativo de exercitarmos nossos julgamentos.
A absoluta objetividade e imparcialidade são ideais e seu alcance plenamente não é possível. No entanto, devemos (e podemos) nos empenhar para que sejamos o mais imparcial possível em nossas manifestações de juízo.
Procure ouvir com cuidado e atenção ambos os lados, analise todas as informações disponíveis, busque escutar pessoas que tenham conhecimento do fato e que evitam emitir juízo de valor sobre o mesmo, não se deixe "contaminar" pela avalanche de informação massificante. Estas, entre outras, são algumas medidas que nos ajudam a não fazermos injustiça e agirmos corretamente sem favorecer o pobre, ou comprazer ao rico, devido ao fato de se temer ao Senhor.
Deus nos abençoe.
Rev. Paulo Delage