sábado, 21 de junho de 2008

Qualificações dos oficiais da Igreja


Vimos em nosso boletim anterior alguns aspectos trazidos em nossa Constituição sobre as qualificações dos oficiais da Igreja. Neste, falaremos sobre as qualificações encontradas na Bíblia Sagrada.

O apóstolo Paulo ao escrever a Timóteo fala dos bispos (presbíteros) e diáconos, conforme pode-se ver:
"Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.
Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo. Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância,
conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato." I Timóteo, 3:2-10


"O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus. " I Timóteo, 3:12-13.

O mesmo apóstolo escreve a Tito (1:5-9) reafirmando as qualificações do presbítero, embora nesta carta não fale sobre os diáconos.
"Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem." Tito 1:5-9

Em Atos, 6:3 ocorre a indicação de qualidades dos irmãos que deveriam integrar o corpo dos que prestariam socorro e ajuda na esfera da assistência aos necessitados. Os que fossem eleitos deveriam reunir, pelo menos, aquelas qualidades apontadas.

"Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;" Atos 6:3

Vemos que a Bíblia fala destas duas categorias de “oficiais” na Igreja, e que nós mantemos como indicado nas Escrituras. As qualidades exigidas devem ser observadas por nós e estar presentes nos que indicamos e elegemos. Elas foram apresentadas para serem levadas em conta, quando de nossa decisão de escolha dos que postulam o oficialato na Igreja.

Seja criterioso (a) na avaliação e análise daquele que será indicado por você.

Como saber se ele reúne as qualidades descritas na Bíblia? Algumas são claras como pontualidade, assiduidade aos trabalhos da Igreja, e em sua objetividade não necessitam de informação de outras pessoas. Outras, como por exemplo, sobriedade (não dado a muito vinho), temperança, não espancador (não violento), devem ser analisadas no contexto amplo da vivência daquele que será indicado.

Verifique estes aspectos na vida dos homens da Igreja e então decida. Talvez você não encontre todas estas qualidades em uma única pessoa. Não desanime, busque aquela que reúne o maior número de qualidades apontadas e então vote.

A leitura dos textos bíblicos indicados é de grande importância para este momento. Assim, leia, medite, analise, ore e decida a indicação e compareça à assembléia para votar. Não se omita, não se furte à participação, não se prive de poder decidir. Seu voto é que determina a expressão da liderança maior da Igreja.

O privilégio é seu e a responsabilidade também.

Deus nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage