sábado, 4 de outubro de 2008

Bem aventurado (3)


"Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite." Salmo 1: 2

Falamos sobre aquele que é bem-aventurado nos moldes do verso 1 deste salmo, sob um enfoque do deixar de fazer. Agora a bem-aventurança se reveste do aspecto do fazer.

A manifestação de beatitude ocorre pelo fato de meditar na Palavra do Senhor (Sua Lei) de dia e de noite. Tal figura não pode nos conduzir ao erro de pensar que tal pessoa se põe a ler a Bíblia o tempo todo em todos os seus dias. A idéia de constância ou permanência na vinculação à Lei do Senhor, ocorre no meditar.

Em contraste com a situação expressa no verso 1, a direção da vida deste piedoso se dá pela observância dos princípios na Lei do Senhor. Meditar tem o sentido de refletir, pensar, analisar com profundidade e vagar. É um processo que deve estar presente em nosso viver permanentemente. A influência da Palavra deve permear toda a estrutura de minha vida.

O exercício do constante meditar não se torna entediante ou fastidioso ao que assim se porta, antes é motivo de prazer e satisfação. Há, em seu coração, manifestação de regozijo e nisto, de fato, se alegra. Seu caminhar não é dirigido pelo mero instinto, muito menos pelas diretrizes oferecidas pelos ímpios, mas transborda de felicidade por saber que está caminhando em consonância com as determinações do Senhor.

Pode-se perceber que ocorre uma constante interação, pois tem prazer e medita e meditar trará prazer, que levará ao desejo de meditar. Neste processo cíclico o piedoso será sempre considerado bem-aventurado.

Sejamos bem-aventurados por meditarmos dia e noite na Palavra do Senhor.

Que Ele nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage