sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Bem-aventurado (13)


"Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho..." (Salmo 119:1)
Diante de nós encontra-se mais uma promessa e ao mesmo tempo um repto ou desafio: a bem-aventurança ligada ao exercício de uma tarefa muito difícil.
O assunto desta beatitude é ser irrepreensível, o que gera em todos nós uma postura de reserva ou retraimento.
É comum ouvirmos de nós mesmos que somos repreensíveis ou, de outro modo, que não somos
irrepreensíveis. Mas, é interessante como nos tomamos de brio quando outra pessoa diz isto de nós e a nós. Nós somos repreensíveis, mas não gostamos de ouvir isto de forma pessoal e direta.

O salmista deixa claro que é bem-aventurado aquele que é irrepreensível em seu caminho, ou seja, em seu viver. A pergunta é esta: quem será alvo desta glória? Não parece uma pergunta de resposta fácil, dada a condição pecaminosa e corrupta da raça humana. Neste sentido absoluto, ninguém pode ser bem-aventurado, já que todos somos pecadores e pecamos.
O que nos resta então? Claro está que a resposta é dada na seqüência do texto: "... que andam na lei do Senhor". Portanto, trata-se de andar em conformidade com a diretriz de Deus, dentro da condição humana da qual participamos na contingência em que nos vemos inseridos. Diante do Senhor sempre seremos repreensíveis, mas ante os homens devemos ser irrepreensíveis por andarmos (vivermos) de conformidade com os ditames da Lei do Senhor.
É grande este desafio de andarmos irrepreensivelmente, mas podemos fazê-lo, pela graça de Deus, diante dos olhos humanos, com um padrão de comportamento e com ética governados pela Palavra de Deus, a Lei do Senhor.
Que não tenhamos do que nos envergonhar diante dos homens quanto ao nosso viver, sendo coroados por Deus com esta bendita declaração: bem-aventurados sois.

Deus assim nos abençoe.

Rev. Paulo Audebert Delage.