“Bem-aventurada a que creu... desde agora todas as gerações me considerarão bem-aventurada.” (Lc 1:45 (a) e 48 (b) )
Neste tempo de celebração natalina permito-me dar este salto nos escritos sobre bem-aventuranças, deixando o livro de Salmos para o Evangelho escrito por Lucas. Embora seja muito grande, tal salto é justificável.
Neste tempo de celebração natalina permito-me dar este salto nos escritos sobre bem-aventuranças, deixando o livro de Salmos para o Evangelho escrito por Lucas. Embora seja muito grande, tal salto é justificável.
Pode-se observar que a forma masculina usada nas 14 meditações anteriores é substituída pela feminina. Não mais bem-aventurado, mas bem-aventurada. A referência elogiosa é feita a Maria, por sua prima Isabel, e pela própria Maria em relação a si mesma. De fato, o alvo das duas passagens referentes a estas bem-aventuranças é Maria, mãe de nosso Salvador.
A palavra grega usada nos textos apontados é a mesma encontrada em Mateus capítulo 5, onde são apresentadas as bem-aventuranças. Claro está que a diferença se faz no fato de que no texto de Lucas é singular feminino. Neste sentido encontra-se também em Lucas (11:27) outra vez referência a Maria como bem-aventurada. Neste contexto Jesus afirma, em resposta, que bem-aventurado aquele que ouve e guarda a Palavra de Deus. Maria está inserida neste aspecto, uma vez que ouviu e guardou (obedeceu) a Palavra do Senhor, sendo, portanto, bem-aventuda mais uma vez.
Qual ou quais as razões destas afirmações? Algumas serão ressaltadas a seguir:
1ª) Uma entre milhares: Havia centenas e milhares de outras virgens em Israel em iguais condições às de Maria. No entanto, foi ela a escolhida. Isto é distinção inigualável e não pode jamais ser minimizada ou desprezada por quem quer que seja.
2ª) Suas atitudes: Dentre estas destacam-se:
A) Fé: Ela creu na palavra do anjo; na ação de Deus; no cumprimento das promessas; foi vida de fé.
B) Submissão: Aceitou a manifestação da vontade de Deus e sujeitou-se a Seu propósito, mesmo sob risco de sua integridade moral e física.
C) Simplicidade: Ao falar de humildade não se refere ao contraste do orgulho, mas de sua condição ante a face do Senhor e sua condição de vida.
D) Dependência: “Meu Salvador” é expressão significativa e indica sua dependência de Deus quanto à sua redenção, salvação e resgate de sua condição de pecadora como todos os demais seres humanos.
B) Submissão: Aceitou a manifestação da vontade de Deus e sujeitou-se a Seu propósito, mesmo sob risco de sua integridade moral e física.
C) Simplicidade: Ao falar de humildade não se refere ao contraste do orgulho, mas de sua condição ante a face do Senhor e sua condição de vida.
D) Dependência: “Meu Salvador” é expressão significativa e indica sua dependência de Deus quanto à sua redenção, salvação e resgate de sua condição de pecadora como todos os demais seres humanos.
Outras posturas e atitudes poderiam ser apresentadas nesta meditação, com o fito de justificar e fundamentar a merecida, devida e justa designação de Maria como bem-aventurada. Façamos nós protestantes, ainda hoje, coro com todas as gerações passadas e vindouras, neste tempo de Natal e em todos os outros, reconhecendo e honrando a mãe de nosso Salvador, chamando-a: Maria; bem-aventurada.
Deus nos abençoe e ajude.
Rev. Paulo Delage
Deus nos abençoe e ajude.
Rev. Paulo Delage